Stephen Harper deu o pontapé de saída para uma das campanhas eleitorais mais longas na história do Canadá, com a votação a ter lugar no dia 19 de outubro.
Harper viajou até ao Rideau Hall, onde ele apresentou um mandado de eleições gerais ao governador-geral David Johnston, desencadeando uma campanha eleitoral de 11 semanas que se espera resulte numa “fatura” elevada para os contribuintes.
No seu discurso, Harper enquadrou a eleição em torno das questões-chave da economia e da segurança nacional. Ele culpou fatores externos pelos cinco meses seguidos de declínio económico do Canadá, justificando que as escolhas do seu partido “têm sido prudentes, e as nossas ações têm sido disciplinadas”.
Harper também levantou os espectros do Estado islâmico e a “agressão russa”, como possíveis ameaças à segurança nacional canadiana. “Não é hora de inépcia política, governos inexperientes ou recusa ideológica para agir”, disse, no seu discurso em língua francesa.
No final do dia, Harper levantou muitas das mesmas questões num evento de campanha em Montreal, enfatizando o apoio dos Conservadores ao patriotismo do Quebec e cultura única da província.
Harper também aproveitou a oportunidade para criticar os rivais Tom Mulcair e Justin Trudeau, dizendo que não se pode confiar o futuro do Canadá a nenhum deles.
As novas regras de campanha eleitoral permitem que cada candidato possa gastar uns adicionais 675,000 dólares, após os primeiros 37 dias da campanha eleitoral.
O período eleitoral oficial terá uma duração de 78 dias.
Quando questionado por repórteres, Harper defendeu a convocação da eleição, dizendo que a decisão visa certificar que todos os partidos operam “dentro das regras, não usando o dinheiro dos contribuintes diretamente”. Ele acusou os outros partidos de já terem iniciado as suas campanhas antes da convocação oficial da eleição.
Todos os principais líderes dos partidos que procuram derrubar Harper deram início à campanha eleitoral no domingo.
Fonte: CTV News