Beirute, 28 fev 2024 (Lusa) — As brigadas Al Qasam, braço armado do Hamas, e o grupo xiita libanês Hezbollah lançaram hoje novos ataques a partir do Líbano contra Israel, cujo Exército respondeu com bombardeamentos, na pior escalada na fronteira israelo-libanesa desde 2006.
As brigadas Al Qasam atacaram a partir do sul do Líbano com lança foguetes ‘Grad’ várias comunidades do norte de Israel, em resposta “aos massacres sionistas contra civis na Faixa de Gaza” e a morte de combatentes e civis no sul do Líbano, informou o Hamas em comunicado.
O Exército israelita disse ter detetado dez lança-foguetes, alguns “intercetados com êxito”, apesar de terem sido admitidos danos num edifício na localidade israelita de Kiryat Shoma.
Em represália, aviões de combate israelitas atacaram uma “instalação de armazenamento de armas do Hezbollah e estruturas militares na zona de Ramyeh, no sul do Líbano”, segundo um comunicado, que também se refere a um ataque noturno contra “um local de fabrico de armas” na região de Khirbet Selm.
Por sua vez, o Hezbollah reivindicou três ataques contra Israel, um que terá atingido um grupo de soldados, outro contra a localidade de Al Samaqa, nos Montes Golã, e um terceiro contra Al Ramtha.
As represálias surgiam de seguida, com ataques da diversas infraestruturas do Hezbollah, segundo o comando militar israelita.
Na terça-feira o Hezbollah lançou mais de 50 lança-foguetes e um míssil antitanque contra instalações militares israelitas, e quando na véspera tinha disparado 60 foguetes contra um quartel do Exército israelita em resposta à morte de um dos seus membros no vale de Bekaa, sul do Líbano, num dos piores dias de fogo cruzado desde o início da guerra em Gaza.
Desde então, mais de 300 pessoas já foram mortas, 219 nas fileiras do Hezbollah.
Em Israel terão morrido 16 pessoas na fronteira norte (dez soldados e seis civis), enquanto do outro lado da fronteira, para além dos milicianos do Hezbollah, foram mortos pelo menos 286, incluindo 32 membros de milícias palestinianas, um soldado e 34 civis — entre eles dez menores e três jornalistas.
PCR // PDF
Lusa/Fim