A embaixadora da Ucrânia no Canadá disse aos deputados canadianos que o Canadá deve inverter a decisão sobre a turbina russa. Yulia Kovaliv acusa o Canadá de criar um precedente perigoso, argumentando que as isenções minam as sanções impostas à Rússia.
A embaixadora da Ucrânia no Canadá deixou claro o desapontamento do país europeu invadido pela Rússia em relação à decisão do Canadá de permitir que o equipamento do gasoduto que estava em Montreal para reparações seja devolvido a um gigante da energia controlado pelo Estado da Rússia, apesar das sanções relacionadas com a guerra.
Yulia Kovaliv analisou a decisão do Governo canadiano de permitir a libertação de uma turbina para a Gazprom, que o Canadá sancionou por causa da invasão russa da Ucrânia, para utilização no gasoduto Nord Stream 1, que abastece a Alemanha com gás natural.
A Ucrânia acusou o Canadá de criar um precedente perigoso, argumentando que as isenções minam as sanções impostas à Rússia.
Tanto a ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, como a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, insistiram que era necessário devolver as turbinas utilizadas no gasoduto russo.
Mas disseram também que o facto de a turbina permanecer na Alemanha após o Canadá ter permitido a saída revela o nível de desonestidade do presidente Vladimir Putin.
“Chamámos de bluff”, disse Joly em Montreal na quarta-feira, 3 de agosto, numa conferência de imprensa conjunta com Baerbock.
“É agora claro que Putin está a armar os fluxos de energia para a Europa”, concluiu a ministra canadiana.
A Rússia tinha citado o atraso na devolução do equipamento como motivo para reduzir o fluxo de gás natural através do gasoduto que corre para a Alemanha a partir da Rússia.