As tarifas rígidas do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, foram temporariamente suspensas sobre alguns produtos canadianos. No entanto, o anúncio traz pouco alívio, já que a ameaça de tarifas continua a pairar sobre o Canadá.
Trump assinou uma ordem executiva a 6 de março, adiando as tarifas sobre produtos que atendem aos requisitos de regras de origem no âmbito do Acordo Canadá-EUA-México de 2018, e reduzindo as taxas sobre o potássio importado pelos agricultores americanos para 10%, a mesma tarifa aplicada à energia, até 2 de abril.
No entanto, cerca de 62% das importações do Canadá provavelmente ainda enfrentam as novas tarifas porque não são compatíveis com o acordo comercial existente.
Ottawa respondeu aos EUA, suspendendo uma segunda vaga de tarifas retaliatórias planeadas. O ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, afirmou que o Canadá não vai avançar com a segunda vaga de tarifas sobre 125 mil milhões de dólares de produtos dos EUA até 2 de abril, mas vai continuar a pressionar a administração Trump para que elimine todas as tarifas.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, afirmou que as empresas dos dois lados da fronteira precisam de mais certezas, uma vez que os mercados têm estado em turbulência desde que Trump cumpriu as suas ameaças tarifárias.
Contudo, em Ontário, o premier Doug Ford não se demoveu da aplicação de tarifas de 25% sobre a eletricidade que fornece aos EUA. Ford planeia aplicar as tarifas a 10 de março e diz que não vai recuar enquanto Trump não eliminar todas as tarifas implementadas, em vez de aplicar isenções de 30 dias.