Segundo dados divulgados pela Altus Group, em nome da Associação da Indústria da Construção e Desenvolvimento (BILD), apenas 359 casas foram vendidas em julho, um número 48% inferior ao registado no ano passado e muito abaixo da média dos últimos dez anos, que rondava quase duas mil unidades.
As vendas de apartamentos em condomínio, incluindo edifícios de baixa, média e alta densidade e moradias em banda, não foram além das 150 unidades menos 44% do que no mesmo período do ano anterior.
Em contrapartida, a oferta de casas novas aumentou ligeiramente, totalizando mais de 22 mil unidades disponíveis, das quais 16 mil correspondem a apartamentos em condomínio e cerca de seis mil a moradias unifamiliares.
O relatório alerta que a situação é crítica e lembra que a lição da crise dos anos 90 foi clara: sem ação governamental, a recuperação pode ser lenta e dolorosa. A associação sublinha que o mercado e os economistas estão a emitir todos os sinais de alarme.
Apesar da quebra nas vendas, os preços mantêm-se elevados. O preço padrão de um apartamento em condomínio na Grande Toronto fixou-se em mais de 1 milhão e 29 mil dólares, praticamente estável em relação ao ano anterior. Já o preço das moradias unifamiliares caiu 6,1%, ficando em cerca de 1 milhão e 488 mil dólares.
De acordo com a associação, as famílias continuam afastadas do mercado devido às taxas de juro elevadas, embora a construção esteja disponível. Sublinha ainda que os custos de edificação, taxas governamentais, impostos e valor dos terrenos impedem que os preços possam baixar mais. Defende, por isso, medidas como a redução das taxas de desenvolvimento ou uma revisão do IVA, que poderiam tornar a compra de habitação mais acessível.