Greve dos professores: Portos de Montreal e da cidade do Quebec bloqueados

FOTO: CBC
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Os portos de Montreal e da cidade do Quebec foram bloqueados na manhã de quinta-feira, 21 de dezembro, por centenas de professores que estão em greve. O sindicato que representa estes trabalhadores refere que as negociações com o Governo provincial não estão a avançar como pretendiam. No dia de ontem, foi rejeitada a última oferta do Governo do Quebec.

Eram 6 horas da manhã quando dezenas de professores em greve começaram a bloquear a entrada do porto de Montreal, na esquina da rue de Boucherville com a rue Notre-Dame, para enviar uma mensagem clara ao Governo provincial.

De acordo com o sindicato dos professores, a Fédération autonome de l’enseignement, estes trabalhadores “estão fartos, zangados e exasperados por terem de fazer um sacrifício económico do seu próprio bolso para salvar as escolas públicas”.

Depois da última tentativa de negociação no dia anterior à greve que não chegou a bom porto, os professores fizeram-se ouvir, perturbando os camionistas, que habitualmente passam pela zona.

“Os professores têm uma mensagem para o Sr. Legault. O barco em que ele nos está a conduzir está a balançar. É altura de assumir as suas responsabilidades e de fazer avançar a situação na mesa das negociações”, acrescentou a nota.

O sindicato refere que cada professor está sem salário há quatro semanas, o que representa uma perda de 9 mil a 10 mil dólares.

A manifestação terminou por volta das 8h30 da manhã. A presidente do Conselho do Tesouro, Sonia LeBel, recusou-se a comentar a ação de greve e a oferta rejeitada.

De acordo com a Autoridade Portuária de Montreal, a ação impactou as operações portuárias. Entre 500 e 800 camiões, cerca de 25% do tráfego matinal do porto, não puderam efetuar as transações habituais.