
O ministro das Finanças, François Philippe Champagne, afirmou, a 3 de setembro, que estão a caminho alguns “ajustes” no serviço público federal. Em causa está a ponderação de corte de despesas no orçamento de outono pelo Governo.
A afirmação de Champagne aconteceu enquanto o ministro participava no retiro de dois dias do gabinete de Carney em Toronto.
O ministro não forneceu detalhes dos “ajustes” pretendidos até ao fecho desta peça, tendo apenas informado que tinha recebido respostas dos seus colegas ao seu pedido, no início deste verão, de cortes de 15% nas despesas diárias durante os próximos três anos.
Champagne tranquilizou ainda os canadianos, informando que os ajustes nas despesas não vão afetar os serviços prestados, em parte porque o Governo também pretende fornecer aos funcionários públicos ferramentas modernas para torná-los mais eficientes.
Os comentários de Champagne surgem num momento em que os departamentos continuam a anunciar reduções de pessoal, com os últimos cortes a afetarem os funcionários da Biblioteca e Arquivos do Canadá e da Agência de Saúde Pública do Canadá.
A 3 de setembro, Carney descreveu o próximo orçamento como um plano de austeridade e, ao mesmo tempo, um plano que vai aumentar os investimentos para fortalecer a economia.
Para além disso, embora a guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA) continue a ser uma prioridade para o gabinete, o pesquisador Jean-Marc Léger, que fez uma apresentação ao gabinete no primeiro dia do retiro, disse que as tarifas caíram para o quarto lugar na lista de preocupações do público, com o custo de vida agora de volta ao topo.
Leger disse que os canadianos estão menos receosos das tarifas e de Trump do que estavam no inverno passado, mas ainda estão preocupados com a situação da economia e o custo de vida.
