O governo federal canadiano rejeitou um novo relatório sobre o acidente de avião no Irão que matou 176 pessoas, incluindo 55 canadianos, em janeiro. O executivo de Trudeau fala em informações “limitadas e seletivas”.
O Departamento de Aviação Civil do Irão divulgou no passado domingo dia 23 de agosto, novas informações sobre o avião abatido na capital iraniana, a 8 de janeiro.
Parte dos dados, como conversas no ‘cockpit’, foram recuperados das caixas negras do Boeing 737 da Ukraine International Airlines. Segundo o documento, a tripulação tomou “medidas imediatas para controlar a aeronave” logo depois do primeiro míssil ter atingido o avião.
Ainda assim, o relatório não dá pistas sobre os momentos que antecederam o ataque. Também não explica porque é que o míssil foi lançado em primeira instância e porque é que o espaço aéreo do Irão estava aberto.
Para o governo federal do Canadá, essas são questões-chave. O executivo liberal já rejeitou o relatório, alegando “informações limitadas e seletivas”. Num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Canadá, François-Philippe Champagne e o ministro dos Transportes, Marc Garneau, exigem mais respostas do Irão.
De recordar que a tragédia matou todos os 176 passageiros a bordo, incluindo 55 canadianos. O governo iraniano disse ter abatido o avião por engano e que o confundiu com um míssil.
O acidente aconteceu em ambiente de tensão com os Estados Unidos, devido à morte do general iraniano Qasem Soleimani, no Iraque, no princípio do ano.