FUNERAIS SEM CAIXÕES

Maioria das vítimas do naufrágio já foi sepultada (ETTORE FERRARI/EPA)
Maioria das vítimas do naufrágio já foi sepultada (ETTORE FERRARI/EPA)
Maioria das vítimas do naufrágio já foi sepultada
(ETTORE FERRARI/EPA)

O governo italiano está no centro de nova polémica relacionada com o naufrágio de um barco de imigrantes africanos ao largo de Lampedusa. Enrico Letta decidiu prestar honras de Estado às 364 vítimas da tragédia, mas escolheu Agrigento para a cerimónia, e, pior, os funerais de amanhã serão realizados sem os mortos. É que quase todos já foram sepultados, sem pompa, em cemitérios sicilianos.
O primeiro protesto contra os funerais partiu do presidente da Câmara de Agrigento, Marco Zambuto, que considera a cerimónia uma encenação para “desfile” dos políticos, e explicou: “O lugar escolhido não representa nada. Não chegou um único imigrante a esse cais, e, depois, que funeral vai ser esse se não há um único caixão?” A presidente de Lampedusa criticou igualmente a de-cisão do governo. “Se soubéssemos que os funerais seriam celebrados assim, teríamos nós mesmos organizado uma cerimónia antes de os caixões saírem de Lampedusa”, afirmou Giusi Nicolini.