FMI LIBERTA 910 MILHÕES DE EUROS PARA PORTUGAL

fmiFMI liberta 910 milhões de euros para Portugal: A decisão foi aprovada, após a 10ª avaliação.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a 10.ª avaliação ao programa de ajustamento de Portugal e aprovou a libertação de uma “tranche” de 910 milhões de euros.
Em comunicado, a organização liderada por Christine Lagarde, refere que a conclusão da 10.ª avaliação, a antepenúltima antes do fim do programa de ajustamento, realizada em dezembro, permitiu o “imediato desembolso” de uma nova “tranche” de 910 milhões de euros, aumentando assim para 25,1 mil milhões de euros o valor entregue pelo FMI a Portugal, no quadro da ajuda externa.
O Fundo Monetário Internacional é uma das três instituições que integra a ‘troika’, ao lado do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, a que Portugal pediu ajuda financeira e em troca de um empréstimo de 78 mil milhões de euros, o país acordou um conjunto de medidas.
Entretanto, o Governo convocou os parceiros sociais para uma reunião com a ‘troika’ no dia 26 de fevereiro, no âmbito da décima primeira avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a Portugal, e que vai realizar-se nas instalações do Conselho Económico e Social, refere a convocatória enviada pelo chefe de gabinete do Secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.
A décima primeira avaliação da ‘troika’ vai arrancar a 20 de fevereiro, para analisar o trabalho realizado e o planeamento dos últimos meses” do programa que prevê, ao longo da sua vigência, a realização de exames regulares trimestrais, sendo este o penúltimo antes do final do programa, em junho de 2014.
Os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos permanecem há quatro sessões acima dos 5%, depois de dois dias abaixo desse limiar no início de fevereiro.
As yields das Obrigações do Tesouro (OT) no prazo a 10 anos abriram hoje acima de 5% no mercado secundário, já após a IGCP, a agência de gestão da dívida pública, ter realizado uma reabertura sindicada da linha de obrigações que vence em 2024, tendo pago uma taxa média ligeiramente acima de 5,1%. Essa linha de OT reaberta é a atual referência no prazo a 10 anos no mercado secundário.
A rentabilidade anual (nas últimas 52 semanas) das OT (em todos os prazos) desceu de 14,82% no fecho de 11 de fevereiro para 14,36% no fecho de ontem, mas mantém-se elevada, muito acima da verificada no final de 2013, de acordo com os dados do índice da Bloomberg para a dívida soberana. A rentabilidade das OT desde o início de 2014 – de 1 de janeiro até à data também se mantém elevada, em 6,5%, comparativamente à registada para as obrigações espanholas (3,25%), italianas (2,58%) e irlandesas (2,42%).
O recordista na rentabilidade anual (últimas 52 semanas) e na rentabilidade desde o início do ano é a Grécia, com o retorno anual das obrigações em 49,21% e desde o início do ano em 10,99%.