No relatório do Fundo Monetário Internacional sobre a décima avaliação do programa de resgate, publicado na véspera de mais um exame da troika, é sublinhado que Portugal tem muito trabalho a fazer no período que se segue ao fim da ajuda externa e que nos próximos anos os esforços ainda necessários fazer, vão exigir um consenso amplo.
Quanto à eventualidade de recorrer a um programa cautelar, o FMI não indica um caminho concreto, limita-se a sublinhar apenas que é importante o compromisso da União Europeia em apoiar o país, que tem de continuar a transformar a economia muito para além do programa que termina em Maio, em especial no que diz respeito à reorientação da estrutura produtiva para o sector transaccionável e ao mesmo tempo, reduzir rendas e do aumentar a competitividade.
Neste documento, o FMI menciona ainda o tribunal constitucional por diversas vezes sublinhando que os chumbos adicionais dos juízes do Palácio Ratton podem minar a confiança e as perspectivas de crescimento do país, porque obrigariam o Governo a tomar medidas de menor qualidade para atingir os mesmos resultados.
O relatório inclui a atualização da carta de intenções do Governo, que dá conta que no final de Março vai levar a conselho de ministros um conjunto de propostas concretas para reformar a máquina do Estado.