FERIDAS ABERTAS PELO FOGO HÁ DOIS ANOS MARCAM O DIA-A-DIA NA SERRA DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL

LusaCom 73 anos e depois ter visto quatro incêndios na serra onde sempre viveu, Celestina Viegas sabe que não volta a tirar cortiça dos sobreiros, queimados há dois anos, no grande incêndio de Tavira e São Brás de Alportel.

Foi a 18 de julho de 2012 que o fogo deflagrou, na Catraia, Tavira, depressa se alastrando ao território vizinho de São Brás de Alportel, onde acabou por provocar maiores danos, atingindo metade do concelho e afetando 40 famílias, assim como ricas áreas de sobreiros e apiculturas.

“Nunca houve um incêndio mais forte aqui nestas terras e já vi quatro incêndios aqui. Arrastou-me tudo, queimou-nos tudo quanto a gente tinha, é uma tristeza”, desabafa Celestina Viegas, ainda a refazer-se do choque de quem perdeu parte do que também era seu.