FEMINISTA EGÍPCIA NÃO RECEBERÁ NOBEL ALTERNATIVO POR ESTAR PROIBIDA DE SAIR DO PAÍS

LusaCairo, 25 set (Lusa) — A diretora da organização egípcia Nazra para os Estudos Femininos, Mozn Hasan, premiada com o ‘Nobel alternativo’, não vai poder viajar para Estocolmo para receber o prémio por estar proibida de sair do país pelas autoridades do Egipto.

A informação da proibição foi dada pela organização Nazra, sendo esta medida habitualmente imposta no país contra ativistas e defensores dos direitos humanos.

O prémio Right Livelihood 2016, conhecido como ‘Nobel alternativo´, foi anunciado no dia 22 de setembro e distinguiu este ano a organização de Mozn Hassan, que documentou casos de violações dos direitos humanos e coordenou a resposta a ataques sexuais contra mulheres que participaram em manifestações nos últimos anos no Egito, incluindo a sobreviventes, a russa Svetlana Gannushkina, defensora dos direitos humanos, o jornal independente turco Cumhuriyet e o grupo Defesa Civil Síria, composto por três mil voluntários com a missão de retirar pessoas presas em edifícios destruídos na guerra civil.