Lisboa, 04 out (Lusa) – A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) alertou hoje para a falta de professores qualificados e a sobrelotação de turmas, na educação especial, salientando que tais carências ameaçam o princípio da escola inclusiva.
Segundo o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, as escolas da rede pública têm metade dos professores de educação especial que seriam desejáveis – 5.000 e não 10.000 – e apenas 21 por cento das turmas com alunos com necessidades educativas especiais (crianças ou jovens, por exemplo, portadores de deficiência) “é que cumprem as normas” estabelecidas quanto à redução do número de alunos.
Mário Nogueira, que falava aos jornalistas, em Lisboa, após a reunião do Conselho Nacional da Fenprof, apontou, além da sobrelotação de turmas e da “grande falta de professores qualificados”, a ausência de técnicos, terapeutas, psicólogos e assistentes operacionais.