
Um novo relatório do Instituto para o Diálogo Estratégico (ISD) descobriu que os extremistas canadianos estão a capitalizar a deterioração das relações entre o Canadá e a administração do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, para atrair pessoas para os seus movimentos.
O ISD é um grupo internacional de organizações sem fins lucrativos, criado em 2006, que trabalha com governos e comunidades para combater o extremismo e a polarização.
Para o instituto, grupos que procuram promover a sua agenda através de métodos violentos e não violentos fazem parte de uma visão ampla de quem conta como “extremistas domésticos”. Esta definição abrange os etnonacionalistas, os supremacistas brancos, os extremistas anti-muçulmanos e os neonazis, entre outros movimentos movidos por queixas.
O relatório sugeriu que os extremistas canadianos estão a usar as eleições federais para amplificar narrativas “corrosivas” em torno da democracia, da imigração e das teorias da conspiração.
Para o principal autor do relatório, Steven Rai, apesar de não haver planos concretos de violência em torno das eleições, há motivos para preocupação, atendendo à prática de manipulação de conversas para aumento de apoio.
No entanto, a imigração é um tema de conversa muito mais frequente para os grupos extremistas nacionais, segundo o relatório.
A análise observou ainda outro tópico popular entre os grupos extremistas: as teorias da conspiração em relação aos partidos e líderes políticos.