Dois homens foram detidos por suspeita do assassinato do presidente do Haiti. Um deles é alegadamente um ex-guarda-costas da embaixada canadiana em Port-Au-Prince.
Jovenel Moïse, o presidente do Haiti, foi assassinado no passado 7 de julho e a polícia haitiana já tem dois suspeitos detidos que acreditam ser haitianos americanos. Um deles terá alegadamente trabalhado como guarda-costas para a embaixada canadiana em Port-Au-Prince, no Haiti.
Um grupo de homens armados invadiu a casa de Moïse na passada quarta-feira e fatalmente balearam o líder do Haiti. James Solages e Joseph Vincent estão agora entre os 17 suspeitos detidos pelo homicídio do presidente haitinano.
Segundo o chefe da Polícia Nacional do Haiti, os restantes quinze suspeitos são da Colômbia. O agente acrescentou que três outros suspeitos foram mortos pela polícia e outros oito estão em fuga.
James Solages, de 35 anos, é o homem que a polícia haitiana acredita ser o ex-guarda-costas da embaixada canadiana no Haiti. Solages descreve-se como um “agente diplomático certificado”, um defensor das crianças e político em ascensão num website de uma instituição de caridade que terá fundado em 2019, no sul da Flórida, para ajudar os residentes.
A informação de que Solages terá alegadamente trabalhado para a embaixada canadiana no Haiti veio da biografia que o próprio escreveu na página web da instituição de caridade, que, entretanto, já foi removida, assim como todo o website.
Um porta-voz da Global Affairs Canada disse à imprensa canadiana na quinta-feira que as autoridades estavam cientes das acusações contra Solages, que “temporariamente exerceu funções de guarda-costas da reserva, por uma empresa de segurança contratada pela Global Affairs Canada em 2010”. O porta-voz disse ainda que a empresa não trabalha no Haiti desde esse ano, “porque outra empresa ficou com o contrato”.
As detenções ocorreram dois dias após o assassinato de Jovenel Moïse. E, até então, não foram fornecidos mais detalhes.