Ken Taylor, ex-embaixador canadiano para o Irão que ficou famoso por ajudar seis americanos a escapar de Teerão após a crise dos reféns de 1979, morreu.
A família de Taylor confirmou à CTV News que ele faleceu na quinta-feira. Ele tinha 81 anos de idade.
Como embaixador do Canadá para o Irão, Taylor desempenhou um papel-chave na missão de resgate realizada pelo governo canadiano e a CIA. Conhecida como a “Canadian Caper”, a missão inspirou o filme de Ben Affleck “Argo” (2012).
Em entrevistas, Taylor disse que estava dececionado com o filme porque este fez o Canadá parecer um mero espectador numa operação da CIA heroica. Na realidade, foi Taylor e outros canadianos que abrigaram os norte-americanos com grande risco pessoal.
Taylor também ajudou a arranjar bilhetes de avião e passaportes falsos para os seis americanos que fugiram da Embaixada dos Estados Unidos em Teerão, depois que esta foi atacada por apoiantes radicais de Aiatolá Khomeini.
O ex-primeiro-ministro canadiano Joe Clark, que estava no gabinete durante a crise dos reféns no Irão, apelidou Taylor de um “herói canadiano” e “um exemplo do que podemos ser no nosso melhor”.
Em comunicado, o primeiro-ministro Stephen Harper disse que estava triste com a morte de Taylor.
Douglas, o filho de Taylor, afirmou ao CTV News Channel na quinta-feira que o seu pai “viveu a vida ao máximo” e tentou desfrutar de todos os dias, apesar da sua doença.
Quanto ao seu papel na crise dos reféns, Taylor “nunca olhou para o elogio individual”, disse o filho.
Pelas suas ações no Irão, Taylor foi premiado com a medalha de ouro do Congresso dos EUA. Em 1980, foi feito um oficial da Ordem do Canadá.
Após o seu regresso do Irão, Taylor foi nomeado Cônsul-Geral do Canadá, em Nova Iorque.
Taylor deixa viúva a sua esposa Pat.