EUA – ACORDO IMPEDE FALÊNCIA TÉCNICA

John Boehner, líder republicano da Câmara de Representantes, abriu porta a acordo (JIM LO SCALZO/EPA)
John Boehner, líder republicano da Câmara de Representantes, abriu porta a acordo (JIM LO SCALZO/EPA)
John Boehner, líder republicano da Câmara de Representantes, abriu porta a acordo (JIM LO SCALZO/EPA)
John Boehner, líder republicano da Câmara de Representantes, abriu porta a acordo
(JIM LO SCALZO/EPA)

Os mercados mundiais respiraram de alívio quando ontem, no limite do prazo legal, o Senado dos EUA alcançou um acordo bipartidário para o aumento do tecto da dívida dos EUA. O acordo evita a falência técnica do país e põe fim a 16 dias de encerramento(‘shutdown’) de dezenas de serviços estatais por falta de fundos.
O documento de compromisso foi depois a debate na Câmara de Representantes, onde era expectável que a minoria democrata conseguisse recolher apoios suficientes dos republicanos para viabilizar um consenso. John Boehner, líder da Câmara,afirmou,horas depois, que os congressistas não iriam bloquear o compromisso alcançado horas antes no Senado.
O acordo é uma vitória para o presidente Barack Obama, pois o documento não faz concessões na reforma da Saúde, principal cavalo de batalha dos republicanos. O orçamento, recorde-se, foi chumbado devido à reforma, causando o ‘shutdown’ e deixando milhares de funcionários sem vencimento. Obama saudou o acordo do Senado sobre o aumento do tecto Senado sobre o aumento do tecto da dívida, que tranquiliza os mercados, permitindo assim que os EUA cumpramos juros da dívida que vencem hoje.
Mas o problema não está resolvido. De facto, o acordo só vigora até 15 de janeiro, no que toca ao financiamento dos serviços estatais, e até 7 de fevereiro, no que diz respeito à capacidade de endividamento do governo. Ou seja, a batalha pelo tecto da dívida e pelos custos da reforma da saúde está simplesmente adiada por alguns meses.
Recorde-se que o senador Ted Cruz, ligado ao Tea Party, a ala mais conservadora do Partido Republicano, discursou a 24 de setembro durante 21 horas contra a lei da saúde, naquele que foi o ponta pé de saída para um impasse de 16 dias.