

Criar locais de injeção segura em Toronto poderá ser eficaz em termos de custos em comparação com o tratamento da hepatite-C para utilizadores de drogas, sugere um novo estudo.
O estudo, publicado na revista “Addiction”, é uma análise atualizada de 2012, que recomendou a criação de locais de injeção supervisionados em Toronto e Otava, como forma de melhorar a saúde e reduzir os riscos de saúde entre as pessoas que usam drogas.
Os pesquisadores disseram que a atualização era necessária porque os tratamentos para a hepatite-C, uma doença infeciosa comum entre os utilizadores de drogas injetáveis, mudaram dramaticamente ao longo dos últimos anos.
“Os novos medicamentos são muito eficazes, mas também são muito caros, por isso não ficou claro se a prevenção da hepatite C seria tão rentável como era há alguns anos atrás” disse o Dr. Ahmed Bayoumi, o autor principal do estudo, em comunicado à imprensa. “A nossa análise também incorporou a rapidez com que os fármacos para a hepatite C seriam alargados a pessoas que injetam drogas e o risco de reinfeção entre as pessoas que continuam a injetar-se.”
O estudo atualizado olhou para o custo-benefício da criação de locais de injeção segura em Toronto e Otava.
Bayoumi, um médico e investigador do Hospital St. Michael, disse que há uma chance de 86 por cento que a criação de um ou mais locais de injeção segura em Toronto seria eficaz em termos de custos em relação ao tratamento dos casos de hepatite-C entre os utilizadores de drogas. Essa percentagem seria de 90 por cento em Otava.
No momento, Vancouver é o lar do único local de injeção segura na América do Norte.
Os investigadores não recomendaram quaisquer localizações específicas para locais de injeção segura e disseram que a decisão de quando e como proceder caberia às comunidades locais. No entanto, eles observaram que o uso de drogas está espalhado pela cidade de Toronto, pelo que estabelecer até três locais diferentes na cidade seria mais eficaz do que estabelecer um único local, caso a cidade decida avançar nesse sentido.
Fonte: CP24