ESPERA-SE MELHOR EM 2017

Esta é a última semana do ano e, como sempre acontece, muita gente anda numa azáfama desenfreada a ultimar os preparativos para receber o ano novo com a alegria suficiente e a esperança de se conseguir boa saúde e bem-estar para os meses que se aproximam. Tudo fazemos para que seja melhor, tanto aqui, onde vivemos, como no resto do mundo onde nem sempre abunda a paz e a segurança.

O início do ano novo marca também a estreia de António Guterres à frente das Nações Unidas, um acontecimento que não pode deixar de orgulhar qualquer português, independente das convicções políticas ou religiosas. É o mais alto cargo alguma vez desempenhado por um compatriota português e que terá uma duração de cinco anos. A partir de agora teremos de nos habituar a observar nos Media de todo o mundo a agenda e a obra do novo secretário geral da ONU.

Mas as maiores expetativas estão reservadas para a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos da América. Como vai ser esta nova relação da América com o mundo e a gestão dos equilíbrios e conflitos sem fim à vista? Aqui tão perto, o Canadá poderá sempre beneficiar de qualquer transformação, devido às políticas acertadas da nova Administração ou por efeito de estratégias incoerentes e de resultados duvidosos.

Enquanto a Europa já anunciou a manutenção do bloqueio económico à Rússia, por mais seis meses, espera-se que a América possa tirar partido dessa situação, dadas as excelentes relações pessoais dos novos responsáveis dos EUA com aquele País euro-asiático. Também a China se perfila para continuar a crescer a sua economia e a ditar orientações para todo o mundo.

Veja-se que no caso português já tomaram conta de vários setores da economia e a mais recente foi a aquisição de 16,7 por cento do capital do banco Millennium BCP, o maior banco privado português. Mas pelo que já anunciaram a sua participação não se deve ficar por aqui, uma vez que já deram a conhecer a intenção de reforçar a sua posição, durante 2017, e que poderá chegar aos 30 por cento do capital.

Esta estratégia não se limita ao mercado português, uma vez que essa intenção de aumentar a influência naquele banco português tem um alcance superior, dado que passa por comprar posições do acionista Sonangol, também detentora do capital do Millennium e, assim, chegar mais rápido ao poder do petróleo angolano.

A China quer dominar as energias sempre que possa e lhe permitam. A sua expansão e influência nas economias está a ganhar uma dimensão inusitada e é de crer que durante 2017, o crescimento chinês possa ser confrontado com a nova aliança Estados Unidos/Rússia.

Como se vê, o mundo não para e pelo meio temos que nos preparar para qualquer alteração menos esperada. O sucesso e os conflitos vão continuar e quando não há solução à vista cai tudo em cima da ONU. Será aí que temos o português António Guterres como último garante da paz mundial.

A Direção