
As incertezas em torno do futuro do Canada Post tem levantado inúmeras questões e reações.
Ottawa anunciou uma série de reformas no Canada Post no final de setembro e a reação à medida destacou uma insatisfação latente em relação à transportadora de correspondência e encomendas.
Os trabalhadores sindicalizados, que iniciaram em setembro uma greve nacional de várias semanas que, desde, então passou a ser rotativa, afirmaram que isso representava um “ataque” aos seus empregos.
Entre a população, há quem manifeste frustração com a possível redução dos serviços, enquanto outros defendem que os impostos não devem sustentar uma operação considerada ultrapassada.
As mudanças, que vão desde o fim do serviço porta a porta até a desaceleração de algumas entregas, devem economizar milhões de dólares anualmente para a empresa estatal.
Os acontecimentos levantam questões sobre o futuro da instituição com um século e meio de existência e sobre a forma que ela precisará de assumir numa era em que a digitalização e os concorrentes privados ameaçam a sua sobrevivência.
Alguns especialistas dizem que a transportadora postal poderia olhar para as experiências dos seus pares internacionais, como o serviço de correios dos Estados Unidos da América (EUA) ou o Royal Mail do Reino Unido, entre outros.
Uma hipótese colocada é o estabelecimento de parcerias com transportadores privadas para manutenção da logística – pré-classificando e levando a correspondência para as zonas postais locais, à semelhança do sistema adotado pelos serviços de correios dos EUA. Outra possibilidade defendida pelos especialistas é a privatização do serviço, como ocorreu no Reino Unido.
