O ‘Portuguese Open House’ promete uma noite inesquecível de celebração da cultura portuguesa no Canadá. A decorrer no Renaissance by the Creek, este evento exclusivo combina tradição e inovação, oferecendo aos participantes uma experiência imersiva repleta de sabores autênticos, entretenimento ao vivo e oportunidades de networking. Com um espaço deslumbrante, gastronomia tradicional com um toque moderno e um ambiente vibrante, a iniciativa visa aproximar a comunidade e destacar o talento português na área de eventos e casamentos. Para conhecer todos os detalhes, o Correio da Manhã Canadá (CMC) conversou com Tristan da Silva, Bernadete Gallego e Albano Martins, que fazem parte da organização deste encontro especial.
Correio da Manhã Canadá: Qual foi a inspiração para a criação do ‘Portuguese Open House’ e o que faz com que seja diferente dos outros eventos culturais?
Bernadete Gallego: O conceito do Portuguese Events Group nasceu na minha cabeça já há muito tempo. Era uma pequena semente que, por vários motivos, após o confinamento, acabámos por perder. Perdemos um dos maiores espaços portugueses e, então, os meus clientes começaram a perguntar onde estavam os portugueses aqui. E foi uma ideia que esteve sempre presente em mim, a pensar no que poderia fazer e como poderia fazê-lo. Depois, em janeiro deste ano, felizmente, falei com o Tristan porque o Renaissance faz parte da nossa história. Todos conhecem o Renaissance. Então, aproximei-me do Tristan, falei-lhe da minha ideia e ele gostou muito. Dentro de uma hora após a nossa conversa, ele telefonou-me a dizer que o Renaissance estava disposto a patrocinar.
A partir daí, comecei a fazer chamadas aos meus vendedores e amigos portugueses e contei-lhes qual era a minha visão. Todos concordaram. Foram quase dois meses e meio de organização, planeamento, contactos e promoção. O que torna este evento diferente dos outros é que, sendo um evento de open house, vamos celebrar a comunidade portuguesa e o talento português na área dos casamentos e eventos. Haverá de tudo. Queremos celebrar os sabores, o vinho e a música de Portugal, apoiar-nos uns aos outros e chamar a comunidade portuguesa para nos apoiar também.
CMC: Podem falar-nos um pouco mais sobre o local e o motivo pelo qual foi escolhido para esta noite especial?
Tristan da Silva: Tal como a Bernadete disse, o Renaissance by the Creek foi, durante muitos anos, um local de referência para a comunidade portuguesa. Assumimos a gestão há dois anos, e agora está sob nova administração. Queremos trazer de volta a comunidade portuguesa. Organizamos todos os tipos de eventos – casamentos, eventos corporativos, encontros sociais. Mas, quando a Bernadete nos abordou com esta ideia, não houve qualquer dúvida. Queríamos fazer parte do evento. Queríamos apoiar os portugueses e celebrar a comunidade. Por isso, foi uma decisão fácil patrocinar e acolher este open house. Estamos muito entusiasmados por receber toda a gente e por termos tantos vendedores portugueses envolvidos neste evento.
CMC: Quais são os pratos típicos e as inovações culinárias que os convidados podem esperar no evento?
BG: Temos o nosso chef convidado, o Fernando Brasil, que é português e que foi chef, durante muitos anos, num outro espaço de donos portugueses. Ele faz parte da nossa comunidade. Além disso, temos o chef do Renaissance, que é excelente. O chef do Renaissance irá trazer um toque mais inovador. Não queremos revelar tudo, porque queremos que seja uma experiência especial. Mas, entre os dois chefs, teremos cerca de dez pratos diferentes. Alguns são pratos portugueses tradicionais, bem conhecidos nos casamentos portugueses, mas também haverá pratos com um toque especial. Queremos encher o Renaissance com aquele aroma maravilhoso que caracteriza a comida portuguesa.
CMC: E em relação ao entretenimento? Como é que o evento irá refletir a cultura portuguesa?
BG: Desde a nossa primeira reunião, algo que sempre defendi foi a importância das bandas nos casamentos. Organizo casamentos há 18 anos e, quando trabalho com comunidades como a polaca ou a judaica, vejo que mantêm os seus conjuntos musicais. Antigamente, nós também tínhamos conjuntos musicais nos casamentos, mas, de repente, desapareceram. Não sei bem a razão. Adoro DJs, mas sempre tive esta visão: porque não voltar a ter bandas ao vivo nos casamentos? O nosso entretenimento principal será a Karma Band, que já faz parte do nosso grupo. Além disso, teremos o Rino Silva, o Tony Camara, o Mike Silva e o rancho folclórico do Clube Português de Mississauga. Sendo um open house, as pessoas podem entrar e sair como quiserem, mas a cada hora haverá um momento de entretenimento e algumas surpresas. Queremos combinar o antigo, o presente e o moderno.
CMC: Como é que este evento pretende unir tradição e inovação? E por que é importante para a promoção da cultura portuguesa?
Albano Martins: Não podemos avançar sem olhar para trás. Portugal tem uma história muito rica, mas, ao mesmo tempo, está sempre em evolução. Haverá elementos no evento que preferimos manter como surpresa, para que as pessoas venham e descubram por si mesmas. As pessoas gostam da cultura portuguesa, mas, por vezes, não querem que tudo seja demasiado tradicional. Queremos que venham e vejam as novidades que preparámos. Por exemplo, como fotógrafo, muitos clientes dizem-me que não querem fotos como as dos seus pais. Mas a fotografia antiga era muito influenciada pela moda da época. Hoje em dia, tudo é diferente, e procuramos dar um toque moderno sem esquecer as nossas raízes.
CMC: Para quem é este evento e o que esperam que os participantes levem desta experiência?
TS: Este evento é para toda a gente. Não é preciso ser português para participar. Queremos abraçar a cultura e a comunidade portuguesa. Por vezes, a comunidade está dividida, mas queremos unir todos. Queremos trabalhar juntos e apoiar-nos mutuamente. Mas, mais uma vez, este evento está aberto a todos. Mesmo que não sejam portugueses, se quiserem experimentar comida portuguesa e conhecer um espaço português, são bem-vindos.
AM: Há também casamentos mistos, onde o parceiro abraça o lado português, e isso é bonito de ver.
CMC: Porque é que o networking é um elemento-chave deste evento e como pode ajudar a criar conexões entre os convidados?
AM: Cada membro do grupo tem a sua própria rede de contactos. A comunidade portuguesa, por vezes, divide-se entre grupos diferentes. Este evento permite misturar essas redes e partilhar recursos. Por exemplo, Portugal tem o continente e as ilhas, e muitas vezes as pessoas mantêm-se fechadas nos seus círculos. Queremos quebrar essas barreiras.
TS: Teremos espaços específicos para casais e para negócios. Haverá uma área VIP para empresas e outra para os casais conhecerem fornecedores. É uma oportunidade para todos fazerem networking e criarem novas relações.
CMC: As vagas para o evento são limitadas. Como é que as pessoas podem garantir a sua presença?
TS: O evento é gratuito, mas é necessário registar-se. Podem telefonar para o Renaissance (905 238 9666), enviar um e-mail para info@renaissancebythecreek.com ou usar o código QR presente no nosso flyer, que direciona para o Eventbrite.
CMC: Planeiam tornar este evento anual? O que veem para o futuro deste projeto?
BG: Este é apenas o começo. Gostaríamos que fosse um evento anual. Há sempre novidades para mostrar. Também temos outras ideias para novos eventos, mas precisamos de discutir com o grupo. Venham ao evento na sexta-feira, 28 de março, às 6 pm. Registem-se e prometemos uma experiência fantástica!