Os custos extras pagos na fatura da eletricidade aumentam cerca de 100 milhões de euros em 2014, atingindo 2,8 mil milhões de euros,de acordo coma Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O aumento destes custos é uma das razões para a subida da eletricidadede 2,8% proposta pela ERSE para o próximo ano.
O peso dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), que incluem incentivos à produção de energias renováveis e rendas pagas aos municípios, tem aumentado todos os anos, passando de 805 milhões de euros em 2007 para perto de dois mil milhões de euros em 2010 e 2,7 mil milhões em 2013.
Apesar de o Governo ter renegociado com as elétricas a redução dos custos, a verdade é que estes voltam a aumentar cerca de 100 milhões de euros no próximo ano, ou seja, o equivalente à poupança anunciada com o corte nas pensões de sobrevivência.
Recorde-se que a energia produzida a partir de fontes renováveis, nomeadamente eólicas, é toda ela obrigatoriamente adquirida e integrada na rede a um preço mais elevado do que o do mercado. Segundo a ERSE, uma parte dos custos tem sido adiada. Ora, ainda segundo o regulador, “o serviço da dívida resultante dos custos adiados no passado tem vindo a aumentar progressivamente com reflexos cada vez mais expressivos nas variações tarifárias”.Entretanto, a fatura mensal vai também subir 40 cêntimos por via da subida da contribuição audiovisual, como consta do Orçamento do Estado.