
O novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, convocou, a 23 de março, eleições federais antecipadas para o dia 28 de abril. Carney, empossado como primeiro-ministro em 14 de março, disse várias vezes que um encontro com Donald Trump não fazia parte das suas prioridades, mas que tudo aconteceria no momento mais adequado.
O primeiro-ministro pediu a dissolução do Parlamento à governadora-geral do Canadá, apenas 9 dias após ser empossado. Carney justificou ser necessário um mandato forte para lidar com a ameaça representada pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), que quer destruir e controlar o Canadá.
Apesar do primeiro dia oficial de campanha ter começado a 24 de março, logo após a confirmação da dissolução do Parlamento, os principais candidatos não tardaram a afirmar a sua posição na defesa do Canadá contra os EUA na guerra comercial.
Mark Carney afirmou que a sua campanha vai ter como foco os seus objetivos para o Canadá, caso seja o escolhido para liderar o país, entre os quais o fortalecimento da economia canadiana e a afirmação da força subestimada do Canadá.
Pierre Poilievre, líder conservador, disse que o seu foco é reverter quase todas as políticas de Justin Trudeau, essencialmente ao nível tributário e da imigração.
Por sua vez, o líder do NDP, Jagmeet Singh, prometeu lutar pelos trabalhadores e pela classe média canadiana.
No entanto, as três principais forças políticas partilham a mesma orientação na missão de defesa do Canadá na guerra comercial com os EUA: afirmar a soberania e a força económica do país, em resposta aos ataques económicos e às ameaças de anexação de Trump.
O líder do Bloc Québécois, Yves-François Blanchet, disse que o seu objetivo é proteger os interesses do Quebec.
A co-líder do Partido Verde, Elizabeth May, apelou à democracia nas eleições que vão ditar quem vai representar a ‘equipa Canadá’ na defesa do país durante a guerra comercial.