Um tribunal do Cairo condenou este sábado 102 partidários do presidente deposto Mohamed Morsi islamita a 10 anos de prisão por protestos violentos.
Desde a demissão e prisão de Morsi pelo exército em julho de 2013, milhares de seus seguidores foram presos, e centenas deles foram condenados à morte ou a longo prazo, em julgamentos em massa .
A semana passada, o Tribunal Penal de Minia, no sul do país, condenou à morte cerca de 700 seguidores do presidente islamita destituído, entre os quais o líder da Irmandade Muçulmana no país, Mohamed Badie.
O mesmo tribunal comutou em prisão perpétua a maioria das penas capitais que havia pronunciado contra mais de 500 outros seguidores do movimento islamita naquele que é já considerado o maior processo judicial da história recente de acordo com a ONU.
Em causa, o julgamento de pessoas acusadas de matarem e tentarem matar polícias durante manifestações violentas em Minia a 14 de agosto último, o mesmo dia em que cerca de 700 manifestantes pró-Morsi morriam sob as balas da polícia e de soldados no Cairo.
Desde o golpe militar de 03 de julho de 2013 contra Morsi, milhares de seguidores da Irmandade foram presos e dezenas condenados à prisão, mas até agora não tinham sido decretadas sentenças de pena de morte.