

O número de novos apartamento de condomínio não vendidos em Toronto cresceu de menos de 1.000 em dezembro de 2014, para cerca de 3.000 em maio de 2015, apontam a Canadian Mortgage and Housing Corporation e o CIBC.
De acordo com uma nota do CIBC divulgada na segunda-feira, o número de apartamentos de condomínio não absorvidos na cidade em maio foi o mais alto desde os anos 1990. O número baixou significativamente no mês seguinte, quando caiu em mais de 800 unidades.
“Esta ascensão meteórica não só foi destacada pelo Banco do Canadá como um sinal de vulnerabilidade, mas também por vários pequenos investidores do Canadá – usando esse aumento como a ilustração final do mercado borbulhante de apartamentos de condomínio em Toronto”, escreveu na nota Benjamin Tal, o vice Economista-Chefe do CIBC.
Normalmente, escreve Tal, quando os promotores imobiliários acham difícil vender condomínios prontos, é um “sinal de problemas pela frente”.
Mas, no caso da GTA, ele diz que os números flutuantes não são necessariamente um motivo para entrar em pânico.
Na sua nota, Tal esmiúça os números por região, e compara a quantidade de condomínios não absorvidos com o número de novas unidades concluídas.
Usando dados da CMHC, Tal verifica que 26.000 condomínios foram concluídos no primeiro semestre de 2015 – cerca de três vezes mais do que o número de apartamentos de condomínio concluídos em anos anteriores.
Ele também observou que cerca de metade dos apartamentos de condomínio não absorvidos são na cidade de Toronto, em vez dos subúrbios circunvizinhos.
Indo mais fundo, ele observa que quase um terço, ou 31,9 por cento, das unidades não absorvidas pertencem a apenas quatro promotores imobiliários. E cerca de 24,4 por cento das unidades não absorvidas estão concentradas em apenas cinco projetos de condomínio.
Embora Tal diga que maiores taxas de juros e um aumento da “atividade de revenda” de apartamentos de condomínio possa causar excesso de oferta no futuro, por agora, o número de unidades não absorvidas não significa que a bolha está prestes a estourar.
Entretanto, na costa oeste do Canadá, as vendas de apartamentos de condomínio contam uma história diferente.
Em Vancouver, o número de unidades não absorvidas caiu de mais de 2.000 para 1.100 no ano passado.
No geral, a mais recente perspetiva da CMHC para o mercado de habitação canadiano, que também foi apresentada na segunda-feira, prevê que o mercado imobiliário do Canadá venha a moderar no resto de 2015, e nos anos de 2016 e 2017.
Segundo o relatório, um aumento da atividade no mercado do Ontário e Columbia Britânica tem compensado o abrandamento em Alberta, onde a queda dos preços do petróleo atingiu fortemente a região.
Além disso, o relatório da CMHC prevê o abrandamento da construção de novas casas, com alguns construtores a incentivarem os compradores a optar por unidades concluídas, mas ainda não vendidas.
Por causa disso, a empresa diz que espera que os preços da habitação no Canadá entrem num período de equilíbrio nos próximos anos.
Fonte: CTV News