
Tem-se espalhado a todo o gás a nova variante do Brasil no Canadá. Em apenas poucos dias, os casos aumentaram de dois para três dígitos em províncias como British Columbia. A variante, que foi identificada pela primeira vez no Brasil, tem o potencial de diminuir a eficácia de algumas vacinas já aprovadas.
A rápida disseminação da variante do Brasil em British Columbia obrigou especialistas a procurarem respostas urgentes. Em questão de dias, os casos aumentaram de dois para três dígitos na província canadiana.
Existem mais do que muitas variantes da Covid-19 a circular pelo mundo, mas apenas algumas causam verdadeira preocupação e a do Brasil é uma delas.
A também conhecida variante P.1 transmite-se mais facilmente e ainda, pasme-se, é capaz de reinfectar pessoas que já tiveram Covid-19.
Além disso, possui várias mutações. Uma delas evita a resposta de anticorpos, tornando possível que as pessoas sejam novamente infetadas ou que as vacinas sejam menos eficazes, de acordo com os novos estudos. Existe uma mutação que ainda ajuda o vírus a espalhar-se mais facilmente. Pesquisas recentes garantem também que é quase 3 vezes mais transmissível do que a Covid-19 original. A primeira que todos conhecemos no ano passado.
Até ao momento, no Canadá, o surto forçou, por exemplo, ao encerramento de portas do icónico resort de esqui de Whistler Blackcomb. Já que falamos de desporto no gelo, mais de metade dos jogadores do Vancouver Canucks tiveram teste positivo para a Covid-19, sendo que vários atletas estavam infetados com a variante do Brasil. Por isso mesmo, os jogos da turma canadiana tiveram de ser suspensos.
Até ao momento, os especialistas sugerem que as vacinas aprovadas reconhecem as novas variantes e oferecem alguma proteção, embora ainda estejam a ser investigadas de perto.
Embora a variante do Brasil não pareça causar doenças mais graves, ela pode reduzir e não eliminar a eficácia das vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna. No entanto, as injeções parecem proteger contra doenças graves.
Já para a Johnson & Johnson, também aprovada no Canadá, a eficácia foi de 68% no Brasil, onde obviamente a variante é a mais comum. Para a AstraZeneca, os primeiros estudos sugerem que a vacina inglesa protege contra a variante P.1 e que a injeção não precisa de ser modificada.
No Canadá, British Columbia lidera com 379 casos da variante brasileira, seguida por Ontário com 103 e Alberta com seis. O Quebec tem dois casos.