Uma equipa em Waterloo, Ontário, criou um dispositivo que, dizem, vai ajudar na luta global contra o vírus Zika.
Uma solução no dispositivo liberta um odor que atrai mosquitos do sexo feminino, criando uma zona de reprodução artificial e atraíndo-os para colocar ovos. Uma vez postos os ovos, estes são então drenados para filtros que os matam antes de chocarem.
A equipa da Maxtech Consumer Products Ltd. passou sete anos a desenvolver o dispositivo, na esperança de implantação internacional do produto.
“Depois de 21 dias, a redução da população de mosquitos é drástica”, disse Mark Smith, diretor do projeto da Maxtech.
Segundo a empresa, o dispositivo não tem químicos e é seguro para o meio ambiente. Inicialmente, a equipa tinha esperança de doar o dispositivo ao Brasil, a tempo dos Jogos Olímpicos de verão, mas foram incapazes de o fazer, devido a uma longo processo de aprovação.
A empresa decidiu agora doar centenas de caixas do dispositivo, no valor de cerca de 50.000 dólares, para o estado da Flórida, na esperança de ajudar o governo local do Estado na sua luta contra o vírus. A Flórida registou 40 casos do vírus Zika até agora, e há temores de que o número possa vir a subir por causa de uma tempestade tropical em aproximação.
A Maxtech Consumer Products diz que o seu objetivo é evitar que o maior número de pessoas possível fique doente ou contraia microcefalia, um defeito de nascença que resulta em uma cabeça significativamente mais pequena. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention, a microcefalia ocorre quando o cérebro de um bebé não desenvolveu devidamente ou parou de crescer e pode causar convulsões e atrasos no desenvolvimento.
A próxima meta da empresa é continuar a trabalhar para obter a licença de uso do dispositivo em outras áreas, como a América do Sul, que têm sido duramente atingidas pelo vírus Zika.
Fonte: CTV News