DILMA NEGA VENDA DE JOIA DA COROA

Presidente afirmou que os lucros da produção vão pertencer ao Estado brasileiro (UESLEI MARCELINO/REUTERS)
Presidente afirmou que os lucros da produção vão pertencer ao Estado brasileiro (UESLEI MARCELINO/REUTERS)
Presidente afirmou que os lucros da produção vão pertencer ao Estado brasileiro
(UESLEI MARCELINO/REUTERS)

Numa resposta a todos quantos a acusaram de ter dado de mão beijada a empresas estrangeiras a maior riqueza petrolífera do Brasil, a presidente Dilma Rousseff foi à televisão negar que o leilão da jazida de petróleo Campo de Libra (a maior de todo o país) tenha sido uma privatização. Um leilão, recorde-se, que apenas teve uma licitação e pelo valor mínimo.
“Pelo resultado do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vai pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobrás. Isso é bem diferente de privatização”, afirmou Dilma. E, reforçando a sua defesa, referiu que, nos 35 anos de vigência do contrato de exploração da jazida, o consórcio que venceu o leilão vai pagar ao Brasil 93,1 mil milhões de euros em royalties, 253,7 mil milhões em petróleo e 5,1 mil milhões na assinatura do contrato, além do que investirá em tecnologia e infra estrutura no país, criando milhões de empregos.
Libra, que fica na bacia de Santos, tem reservas estimadas em 12 mil milhões de barris. Um potencial que equivale a quase o mesmo de todas as outras reservas brasileiras, estimadas em 15 mil milhões de barris.
O consórcio vencedor é formado pela brasileira Petrobrás, que tem participação de 40%,a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e as chinesas CNPC e Cnooc. Recorde-se que, antes do leilão, ativistas que se opõem à venda das jazidas petrolíferas a empresas estrangeiras confrontaram-se com a polícia.