Os provedores de serviços de satélite e Cabo vão em breve ter de oferecer aos consumidores um serviço de televisão “entry-level”, a um custo máximo de 25 dólares por mês, uma decisão que o regulador de radiodifusão do país reconhece custará a algumas pessoas os seus empregos, noticiou a Canadian Press.
Estes também terão que dar aos clientes uma escolha, em cima do pacote básico, seja de pagar individualmente por canais adicionais ou por pacotes menores, diz a Comissão de Telecomunicações e Rádio-Televisão Canadiana (CRTC, na sigla inglesa).
O governo Harper congratulou-se com a decisão – algo que vem defendendo há muito, numa altura em que se aproxima uma eleição federal no outono – mas os críticos, incluindo os Amigos da radiodifusão canadiana avisam que esta vai prejudicar a economia e a indústria de TV do país, como um todo.
Emissoras americanas que são atualmente gratuitas, na maioria dos principais mercados do Canadá, perto da fronteira dos Estados Unidos – os chamados canais 4-plus1 – também serão incluídas.
É a primeira vez que os preços do serviço de televisão estão a ser regulamentados no Canadá desde 1999 e faz com que seja a única jurisdição no mundo industrializado a exigir que as empresas de distribuição de TV ofereçam uma seleção básica de canais.
O regulador de radiodifusão nacional disse que espera que os prestadores de serviços possam oferecer os novos pacotes básicos até março de 2016.
Os telespectadores, então, serão capazes de completar o chamado pacote “skinny basic”, quer com canais individuais disponíveis através de um modelo de pick-and-pay, ou aquilo a que chama de pacotes de canais agrupados pequenos e a preços razoáveis”, decidiu a CRTC.
Mas os prestadores de serviços terão até ao final do próximo ano para oferecer ambos os canais a la carte e pacotes temáticos.
Os clientes que estão felizes com as suas ofertas de TV atuais não terão que mudar.
O presidente da CRTC, Jean-Pierre Blais, lembrou que a tecnologia mudou a indústria de TV do Canadá até ao ponto dos telespectadores tomarem para si a decisão de escolher o que querem assistir e quando querem ver.
“Os espectadores estão no controle”, salientou Blais.
Sob o novo sistema, os prestadores de serviços não terão que oferecer serviços de áudio gratuitos, tais como estações de rádio locais, embora possam incluí-los, se quiserem.