Houve 17 por cento menos incidentes de crimes de ódio reportados à polícia no Canadá em 2013 em comparação com 2012, relata a Statistics Canada. Mas os números também revelam que as populações negras continuam a ser frequentemente alvo de crimes de ódio, enquanto que os crimes contra muçulmanos tiveram uma subida no ano passado.
A Statistics Canada diz que um total de 1.167 crimes de ódio foram relatados à polícia em 2013. A maioria são considerados não-violentos, crimes “com danos”, como vandalismo, graffiti e outras formas de destruição de propriedade.
Os crimes de ódio motivados por raça ou etnia foram responsáveis por 51 por cento de todos os incidentes. Os crimes de ódio religiosos foram responsáveis por outros 28 por cento, enquanto que os crimes motivados pelo ódio da orientação sexual foram responsáveis por 16 por cento dos incidentes.
Embora o número de crimes de ódio relatados pela polícia tenham diminuío em 2013, alguns aspetos permaneceram constantes. As populações negras, por exemplo, ainda foram os alvos mais frequentes, perfazendo 22 por cento de todos os crimes de ódio.
As populações judaicas também continuam a ser o alvo mais comum no que diz respeito ao crime de ódio por motivos religiosos.
Houve menos 93 incidentes de crimes de ódio [religião] relatados em 2013 em comparação com 2012. As reduções foram observadas em crimes tendo como alvo cada grupo religioso, exceto as populações muçulmanas, que viram mais 20 incidentes em 2013 em comparação a 2012.
A grande maioria dos crimes de ódio no Canadá – 97 por cento – ocorreu nas grandes cidades. Mas as maiores taxas de crime de ódio, em 2013 tiveram lugar em Thunder Bay, com 20,9 incidentes por 100.000 habitantes, e Hamilton, com 17,4 por 100.000 habitantes.
Os dados sobre crimes de ódio foram recolhidos numa base anual desde 2006. A Statistics Canada sublinha que os números apresentados neste estudo provavelmente subestimam a verdadeira extensão do crime de ódio no Canadá, pois nem todos os crimes são relatados à polícia.
Na realidade, estima-se que apenas cerca de um terço dos incidentes são denunciados às autoridades.