Covid-19 no Canadá: variante Éris pode já ter chegado ao país, alertam especialistas

FOTO: UNSPLASH
FOTO: UNSPLASH

Chegou uma nova variante da Covid-19 ao mundo. Chama-se Éris e é já a segunda com maior prevalência no Reino Unido. Os especialistas canadianos disseram que, em breve, os casos da nova variante vão surgir no Canadá, se é que já não estão mesmo no país.

O fim do estado de emergência provocado pela Covid-19 em todo o mundo, em maio deste ano, não significou o desaparecimento do coronavírus SARS-CoV-2. É o que confirma a Organização Mundial de Saúde (OMS), após anunciar a nova variante: a EG.5, popularmente conhecida como Éris.

Até à data, foram notificados casos associados à nova variante no Reino Unido, nos Estados Unidos e em outros países.

No Canadá, pouco se sabe, mas para os especialistas da University Health Network, em Toronto, contactados pela imprensa canadiana, a variante Éris pode estar mesmo a surgir.

Segundo alertam, a presença da Éris vai ser “muito provavelmente” semelhante ao que foi observado com outras variantes da Ómicron.

“Vimos um BA.2, vimos um BA.4 e um BA.5, vimos um XBB e agora é o EG.5, por isso o vírus continua a sofrer mutações e vamos assistir a um aumento e consequente diminuição do vírus na comunidade”, afirmam os canadianos.

“Claro que temos medidas para o detetar e, provavelmente em agosto ou em setembro, começaremos a ver um aumento correspondente dos sinais de águas residuais no Canadá”.

“Infelizmente, vamos ver, provavelmente, um aumento de doentes nos hospitais, especialmente entre as pessoas que são mais suscetíveis a doenças graves, os mais velhos e pessoas com condições médicas subjacentes.

Algumas das melhores defesas contra a Covid-19 têm sido e continuam a ser as máscaras, a vacinação e boa ventilação ou qualidade do ar nos espaços interiores.”

“Portanto, temos as ferramentas, sabemos disto há anos e não há nada de novo”, realçam.

Para se ter maior noção das nomenclaturas usadas, o EG.5 tem sido referido como Éris por alguns. A OMS reviu o sistema de nomenclatura da Covid-19 no início deste ano, decidindo atribuir alcunhas ou etiquetas do alfabeto grego apenas para variantes preocupantes como a Delta e a Ómicron.