Os supermercados canadianos, grandes e pequenos, estão a procurar alternativas aos produtos americanos antes de uma potencial guerra comercial, ao mesmo tempo que destacam os produtos nacionais já disponíveis nas suas prateleiras.
O Canadá e os Estados Unidos da América (EUA) estão a meio de uma trégua que deverá terminar no início de março, mas os retalhistas não estão à espera para ver o que acontece.
No setor dos produtos frescos, onde o Canadá é particularmente dependente das importações dos EUA, as empresas referem que os fornecedores já estão a diversificar e a recorrer a outros mercados internacionais. No mercado de frescos, as empresas aumentaram a procura por produtores locais.
No entanto, as empresas reforçam a necessidade de os fornecedores canadianos ajustarem as suas operações para responder à crescente procura.
As empresas acrescentam ainda que o ‘loonie’ mais fraco tornou mais fácil justificar a mudança, facilitando a recusa de vários pedidos de aumento de preços por parte de fornecedores americanos.
Nos corredores dos supermercados e lojas de retalho alimentar, a identificação de produtos canadianos também tem sido reforçada pelas empresas, para ajudar os consumidores na hora da escolha.
Há também confusão entre os compradores sobre o que conta como produto canadiano, segundo os operadores de supermercados, uma vez que muitas grandes empresas multinacionais têm operações de fabrico no Canadá.
Para ajudar os consumidores, Sasha Ivanov, de Alberta, criou uma aplicação que identifica produtos canadianos ao analisar fotografias dos produtos e fornecer detalhes sobre onde foram fabricados e se cumprem os critérios do governo para serem rotulados como ‘Produto do Canadá’ ou ‘Feito no Canadá’. A aplicação chama-se Maple Scan.