A deputada federal por Davenport, Julie Dzerowicz falou em exclusivo ao Correio da Manhã Canadá sobre os incêndios que assolam e de que maneira o Canadá. São notícia mundial; fazem manchetes em Portugal, nos noticiários da uma da tarde ou das oito da noite. Os jornalistas portugueses trazem reportagens de British Columbia (ou como eles dizem, Colúmbia Britânica).
Voltando a Julie que agradeceu aos bombeiros portugueses o apoio dado na luta contra as chamas, a deputada opinou sobre a catástrofe ambiental e realça a mão humana como impulsionadora para a destruição dos inúmeros hectares que compõem a beleza canadiana. É certo que Julie tem razão. Apoia-se em factos, mas pode ser errado pensarmos que é apenas culpa do ser humano, dos piromaníacos, dos criminosos. Se bem que a génese estará sempre no ser humano.
Vamos por partes. Na verdade, há negacionistas que estão à procura de um culpado para os fogos florestais no Canadá. Na lista de suspeitos não constam as alterações climáticas. E o ser humano tem culpa no cartório.
À medida que uma nuvem de fumo flutuava na costa ocidental do Canadá em junho, através da costa leste, transformando o horizonte de Manhattan num laranja enevoado, os teóricos da conspiração de ambos os lados da fronteira começaram a apresentar explicações cada vez mais estranhas para os incêndios sem precedentes. No processo, deixaram claro o quão pouco entendem do clima. São centenas de incêndios florestais diários que são revelados pela imprensa nacional e mundial. O fumo desses incêndios está a deslocar-se para países como Portugal. São ameaças para a saúde.
Há anos que os cientistas têm vindo a alertar para o facto de as alterações climáticas – não apenas temperaturas mais quentes, mas também secas e invernos mais rigorosos – poderem conduzir a incêndios florestais mais intensos. Agora que as suas previsões se estão a concretizar, as pessoas estão a tentar encontrar outras explicações.
A época de incêndios já se prolongou nalgumas partes do Canadá e, segundo os cientistas do Governo, prolongar-se- -á até setembro em grandes áreas do país antes do final do século. O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas prevê que os incêndios florestais se vão tornar mais intensos nos próximos anos.
Existe muita mão humana, mas também existem as mudanças climáticas cada vez mais tenebrosas para uma vida tranquila no planeta.