
A reunião entre os chefes das diplomacias da Ucrânia, Rússia, União Europeia e Estados Unidos começou em Genebra esta quinta-feira de manhã, para tentar travar a escalada da violência na zona leste do território ucraniano.
Antes do encontro, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, reuniu-se separadamente com e a alta representante da UE para a política externa, Catherine Ashton, e os ministros dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andri Dechtchitsa, e russo, Serguei Lavrov.
Os três encontros bilaterais duraram cerca de trinta minutos cada e nada foi transmitido à imprensa sobre o seu conteúdo, mas está previsto que a reunião a quatro deverá durar cerca de quatro horas.
Os Estados Unidos, a UE e a Ucrânia acusam a Rússia de organizar os manifestantes pró-russos que nos últimos dias ocuparam edifícios governamentais em várias cidades do leste da Ucrânia, o que é negado por Moscovo.
O Parlamento Europeu considerou esta quinta-feira que a União Europeia deve rever todos os acordos com a Rússia, adotar sanções económicas e um embargo de armas ao país, além de medidas específicas contra empresas russas de energia e subsidiárias, enquanto que o presidente da Comissão europeia, Durão Barroso, numa carta enviada ao presidente russo deu conta que a União Europeia está disposta a negociar com a Rússia e a Ucrânia sobre a segurança do fornecimento de gás.
Há uma semana, Moscovo ameaçou cortar o fornecimento de gás à Ucrânia, justificando-se com haver dívidas por saldar por parte de Kiev, mas se a Rússia deixar de fornecer gás à Ucrânia, a UE será também afetada, porque por este país passa o combustível que abastece o Leste da Europa.
Vladimir Putin, declarou já que o diálogo é a única solução na Ucrânia, reconhecendo, pela primeira vez, a presença de forças russas na Crimeia no referendo de março.