

Os residentes não permanentes compõem um número crescente da geração abaixo dos 45 anos de idade no Canadá, mais do que duplicando para 770 mil na última década, de acordo com um estudo do CIBC.
Isso significa que eles são uma força demográfica considerável e têm um impacto sobre a atividade do setor imobiliário e nos gastos dos consumidores, especialmente no Ontário e Columbia Britânica (B.C.). No total, há agora mais 450.000 residentes não permanentes no Canadá do que havia há 10 anos.
O CIBC descobriu que quase metade dessas pessoas são trabalhadores temporários estrangeiros (TFW’s), ou trabalhadores com contratos, um aumento de 10 pontos percentuais nos últimos 10 anos.
Cerca de 38 por cento são estudantes, um aumento de cinco pontos percentuais, mas o número de requerentes de refúgio à espera de palavra sobre o seu estatuto no Canadá está a contar para uma menor percentagem do grupo, em 12,2 por cento.
“Ao contrário dos imigrantes, os TFWs não têm um impacto previsível”, afirmou Benjamin Tal, economista e autor do relatório do CIBC.
Ele disse que muitas das pessoas neste grupo de 384.200 trabalhadores não-permanentes estão em empregos profissionais e de rendimento médio, e têm toda a expectativa de obter estatuto para permanecer no Canadá.
Isso significa que eles estão a impulsionar a procura por imóveis para arrendamento e a contribuir para a despesa global do retalho como outros canadianos com rendimento médio. Alguns estão até a apostar no mercado imobiliário, apesar do seu estatuto temporário.
Visto que quase 95 por cento dessas pessoas estão abaixo dos 45 anos de idade, eles formam um importante grupo demográfico de jovens trabalhadores, ajudando a neutralizar o declínio no número de pessoas canadianas nascidas nessa faixa etária.
Um grande número no Ontário e B.C.
O mais poderoso impacto demográfico e económico não está nos compactos mercados de trabalho de Alberta e Saskatchewan, mas na Columbia Britânica e Ontário, concluiu Tal.
O número de residentes não permanentes triplicou no Ontário entre 2006 e 2013. Se essas pessoas não tivessem chegado, a província teria perdido 120 mil pessoas no importante grupo que está a formar agregados familiares e a alimentar as economias.
Na B.C. o número no grupo de 25-44 anos teria sido pouco significativo se o total de residentes não-permanentes não tivesse duplicado.
A implicação é que quaisquer novas políticas federais para alterar o estatuto dos TFWs deve levar em conta a sua importância como gastadores na economia canadiana.
Tal indicou que os números de 2013, que tirou da Statistics Canada, podem subestimar o número de residentes não-permanentes no Canadá, em comparação com os números mais recentes da Cidadania e Imigração do Canadá.
Ele aponta para um crescimento de 14 por cento em novas autorizações para TFWs e nove por cento de crescimento em extensões em 2014. Há poucas evidências de que esses trabalhadores estão a regressar aos seus países de origem, concluiu.
Fonte: CBC News