Centenas de manifestantes desafiaram recolher obrigatório em Montreal

FOTO: TWITTER/ Gvaliante
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Em Montreal, sete pessoas foram detidas, depois de centenas desafiarem, este domingo, o recolher obrigatório das oito da noite num protesto violento contra a medida do Governo. Vários locais foram destruídos, durante a manifestação.

A polícia de Montreal prendeu sete pessoas e multou mais de 100 depois do desrespeito pelas normas de saúde pública no combate à Covid-19. O protesto em Montreal, aconteceu depois do recolher obrigatório e, por isso, no final de noite existiram sinais de vandalismo e violência.

Centenas de pessoas reuniram-se no porto antigo da cidade para protestar contra a decisão do Governo do Quebec de reverter o toque de recolher para as 20h em Montreal e Laval, numa altura em que se verifica o aumento de infeções na província.

A ministra da Segurança Pública da província, Geneviève Guilbault, disse que eventos como os de domingo à noite na Velha Montreal “não podem ser tolerados” e que os protestos, devem ser feitos “com o maior respeito pelas normas de saúde em vigor”, escreveu nas redes sociais.

A polícia diz que ainda está a investigar possíveis incidentes, durante o protesto que até começou relativamente calmo.

No início os jovens dançavam e cantavam ao som de música, enquanto se lançavam fogos de artifício. No entanto, como alguns manifestantes se começaram a tornar destrutivos, a polícia rapidamente reagiu com gás lacrimogéneo, numa tentativa de controlar a multidão.

Vídeos partilhados nas redes sociais mostram pessoas reunidas nas ruas do antigo porto, sem máscaras e sem distanciamento. As filmagens online também mostram pessoas a provocarem incêndios, danificarem propriedades e ainda a destruírem vitrines de empresas da zona.

Como resultado, os comerciantes estão a avaliar os danos aos negócios locais.

O recolher obrigatório às 20h foi estabelecido pela primeira vez em Montreal a 9 de janeiro e foi determinado para permanecer até 8 de fevereiro. No entanto, o Governo do Quebec estendeu o prazo, dando a entender que estava a ajudar a diminuir o número de infeções causadas pela Covid-19.