CASO BPN: TERRENOS PAGAM DÍVIDA MILIONÁRIA

Parvalorem diz que não há nenhum perdão de dívidas (MANUELVICENTE)
Parvalorem diz que não há nenhum perdão de dívidas (MANUELVICENTE)
Parvalorem diz que não há nenhum perdão de dívidas (MANUELVICENTE)
Parvalorem diz que não há nenhum perdão de dívidas
(MANUELVICENTE)

A antiga Sociedade Lusa de Negócios (SLN), atual Galilei, vai entregar ao Estado os terrenos junto a Alcochete (onde estava previsto construir o novo aeroporto), como garantia do pagamento de uma dívida ao BPN de 471,1 milhões de euros. O acordo, que será assinado com a Parvalorem até final do ano, prevê que as garantias reais do pagamento dessa dívida sejam reforçadas com imóveis avaliados em 650 milhões de euros.
A dívida total está repartida entre quatro entidades: 159 milhões de euros da SLN Valor SGPS; 90,9 milhões de euros do Grupo Galilei SGPS; 130 milhões de euros da Pluripar SGPS; e 91,2 milhões de euros da OPI92. Para pagar estas dívidas, as empresas irão entregar à Parvalorem, empresa pública que tem o crédito mal parado do BPN, os terrenos em Alcochete que já foram avaliados em mais de 200 milhões de euros, os terrenos da plataforma logística do Poceirão e os terrenos em Rio Frio, entre outros ativos.
Francisco Nogueira Leite, presidente da Parvalorem, garantiu ontem que o acordo não representa nenhum perdão da dívida, até porque “as garantias dos créditos eram quase nenhumas”. Para já, o Estado, devido às despesas administrativas e fiscais, não vai assumir a titularidade desses ativos, mas poderá fazê-lo quando o entender.
Já o grupo Galilei / SLN fica com a responsabilidade de desenvolver os projetos turísticos e imobiliários previstos para esses terrenos, cuja venda poderá servir para pagar a dívida ao Estado.