O primeiro-ministro Mark Carney reuniu-se a 2 de julho com os CEOs da Ford Canada, da Stellantis Canada e da GM Canada, juntamente com Brian Kingston da Associação Canadiana de Fabricantes de Veículos. O foco da reunião foi a discussão das tarifas americanas e das formas de proteção das cadeias de abastecimento canadianas da guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA).
A reunião aconteceu enquanto decorrem as negociações do Canadá com os EUA, após o Presidente Donald Trump ter repetidamente declarado que os EUA não precisam de carros canadianos e imposto tarifas de 25% sobre os veículos fabricados no Canadá, com uma exceção para os componentes fabricados nos EUA através da cadeia de abastecimento de veículos altamente integrada.
Para os fabricantes de automóveis canadianos, o mandato do Governo para veículos de emissão zero, que deve entrar em vigor no próximo ano, é uma das principais necessidades de revisão. Os fabricantes apelaram ao Governo para revogar o mandato.
Enquanto isso, o Canadá e os EUA estão de volta à mesa das negociações depois de Trump ter suspendido as negociações comerciais sobre o plano do Canadá de impor um imposto sobre os serviços digitais às empresas multinacionais de tecnologia – um plano que o Governo de Carney cancelou a 29 de junho à noite.
No entanto, as empresas que pagaram o imposto sobre os serviços digitais vão ter de aguardar que Ottawa aprove a nova legislação para obterem o reembolso, de acordo com informação da Canada Revenue Agency (CRA). Contudo, as votações no Parlamento só deverão ocorrer em setembro, quando os membros regressarem de férias.
Carney afirmou, entretanto, que quer um novo acordo comercial entre o Canadá e os EUA até 21 de julho e que, se esse prazo não for cumprido, irá reforçar as contramedidas comerciais canadianas.