

O governo federal confirmou a sua intenção de assinar o controverso acordo comercial Parceria Trans-Pacífico (TPP, sigla em inglês) num encontro na próxima semana na Nova Zelândia.
Mas quando se trata de ratificação do tratado de 12 países, os Liberais ainda não dão a mesma como certa.
“Assim como é muito cedo para endossar o TPP, também é muito cedo para fechar a porta”, escreveu a ministra do Comércio Internacional Chrystia Freeland na segunda-feira, numa carta aberta publicada no site do seu departamento.
“Assinar não é o mesmo que ratificar …. a assinatura é simplesmente uma etapa técnica do processo, permitindo que o texto do TPP seja apresentado ao Parlamento para apreciação e debate antes de ser tomada qualquer decisão final.”
Apenas uma maioria de votos na Câmara dos Comuns poderá garantir que o Canadá sela o acordo, acrescentou. Ela também solicitou um estudo aprofundado e transparente do acordo pela comissão parlamentar.
Nas últimas semanas, Freeland realizou consultas públicas sobre o acordo de grande alcance que – se ratificado – também irá definir as novas regras internacionais para os setores para além do comércio. Essas outras áreas incluem a propriedade intelectual, o que preocupa alguns especialistas.
A ministra já indicou que o acordo em grande escala, que inclui as principais economias, como os Estados Unidos e o Japão, não pode ser renegociado.
Freeland disse que cada país tem até dois anos para discutir a ratificação antes de tomar uma decisão final. Ela destacou que, ao assinar o acordo, o Canadá vai manter o seu estatuto como um potencial parceiro de pleno direito no acordo.
Os ministros do Comércio dos países parceiros TPP foram convidados a assinar o acordo em 4 de fevereiro em Auckland.
O antigo governo Conservador anunciou um acordo de princípio sobre o pacto em outubro durante a campanha eleitoral federal.
Na época, o então primeiro-ministro Stephen Harper saudou o TPP como um acordo que daria ao Canadá acesso a um enorme mercado de quase 800 milhões de pessoas.
Fonte: Citynews