
O primeiro-ministro Mark Carney aterrou em Washington D.C., nos Estados Unidos da América (EUA), a 5 de maio, um dia antes da reunião agendada na Casa Branca com Donald Trump.
O ministro do Comércio, Dominic LeBlanc, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, e o ministro da Segurança Pública, David McGuinty acompanharam Carney nesta deslocação. A eles, no lado de defesa canadiana, juntaram-se, na reunião, a embaixadora do Canadá nos EUA, Kirsten Hillman, o secretário do Conselho Privado, John Hannaford, o chefe de gabinete, Marco Mendicino, e a conselheira sénior, Lisa Jorgensen.
O encontro decorreu após meses de ataques ao Canadá pelo Presidente americano, com tarifas e ameaças de anexação, e várias tentativas de negociação de Justin Trudeau e dos premiers canadianos com o executivo americano. Para Carney, este foi o primeiro contacto presencial e oficial com Trump, enquanto primeiro-ministro do Canadá.
Antes da reunião, Carney referiu estar preparado para conversas difíceis, mas construtivas. Para o primeiro-ministro canadiano, o encontro assinalou o início de um acordo económico e de segurança entre o Canadá e os EUA.
Por sua vez, Trump voltou a recorrer às redes sociais para criticar o Canadá e dizer que os EUA não precisam dos carros, da energia e da madeira canadianos.
Na reunião, apesar de elogiar Carney, referiu que não havia nada que pudesse ser dito pelo primeiro-ministro canadiano que o convencesse a suspender as tarifas sobre o Canadá.
No entanto, Carney sublinhou várias vezes que o Canadá “não está à venda” e que nunca se vai anexar aos EUA, não se deixando demover da defesa do seu país com expressões provocadoras de Trump como “nunca digas nunca”.
Após a reunião, as equipas, os líderes e os membros dos gabinetes americano e canadiano realizaram um almoço de trabalho e Carney encerrou o dia com uma conferência na Embaixada do Canadá.