A Câmara dos Comuns aprovou a moção para descrever os ataques na Ucrânia como “genocídio”. O Governo canadiano disse que existem provas de crimes de guerra contra a humanidade por parte da Rússia.
O Canadá aprovou, na última quarta-feira, por unanimidade uma moção para descrever os ataques da Rússia na Ucrânia como um “genocídio”.
Segundo um comunicado da Câmara dos Comuns, o Governo canadiano disse que existem “provas de crimes de guerra sistémicos e maciços contra a humanidade cometidos contra o povo da Ucrânia pelas forças armadas da Federação Russa, dirigidas pelo presidente Vladimir Putin e outros membros do parlamento russo”.
Os crimes cometidos pelo exército russo incluem “atrocidades em massa nos territórios invadidos e ocupados da Ucrânia; casos sistemáticos de morte voluntária de civis ucranianos e profanação de cadáveres; transferência forçada de crianças para o território russo; tortura e imposição de condições de vida que causam grande sofrimento e casos generalizados de danos físicos, danos mentais e violação”.
Assim, a Câmara dos Comuns reconhece que a Rússia “está a cometer atos de genocídio contra o povo ucraniano”.
O Canadá quer também tornar-se o primeiro país do G7 a usar os ativos russos para financiar, com os fundos arrecadados, a ajuda à Ucrânia. Quem o diz é a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly.
“Somos o primeiro país do G7 a oferecer este novo recurso porque acreditamos que funcionará”. A ministra canadiana não tem “estimativas claras” sobre o valor que pode vir a arrecadar com o novo mecanismo.
No entanto, Mélanie Joly afirmou que “os ativos dos oligarcas russos no Canadá são consideráveis”.