
O Canadá convocou o embaixador israelita para explicar por que razão as forças de defesa de Israel dispararam tiros de aviso perto de uma visita diplomática na Cisjordânia, a 21 de maio.
O primeiro-ministro Mark Carney classificou a situação como “totalmente inaceitável” e disse que o Canadá espera uma explicação para o sucedido.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Anita Anand, confirmou, nas redes sociais, que quatro canadianos faziam parte da delegação que visitou Jenin. Anand declarou alívio por ninguém ter ficado ferido.
Nas redes sociais e meios de comunicação internacionais, têm circulado vídeos do incidente em que se vê os membros do grupo de turistas a falar para as câmaras perto de um grande portão amarelo. Quando se ouvem os tiros, o grupo afasta-se. Num dos vídeos, podem ver-se dois soldados a apontar armas na direção do grupo.
O exército israelita, a 21 de maio, disse lamentar o incómodo causado pelos tiros de aviso que dispararam quando os diplomatas visitavam a cidade de Jenin.
No seu comunicado, as forças de defesa de Israel justificaram a atitude com o facto de o grupo se ter desviado da rota aprovada e que os soldados dispararam os tiros de aviso para que o grupo se afastasse de uma área que não estava autorizado a visitar. O exército israelita acrescentou ainda que foi aberto um inquérito sobre o sucedido e que as conclusões serão apresentadas aos diplomatas afetados.
Jean-Noël Barrot, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, e Antonio Tajani, ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, também convocaram os embaixadores de Israel nos seus países para prestar esclarecimento sobre os disparos.
O incidente ocorreu poucos dias depois da divulgação de uma declaração conjunta entre o Canadá, o Reino Unido e França para aplicação de sanções específicas a Israel, em resposta à sua nova ofensiva militar em Gaza e à quantidade inadequada de ajuda alimentar permitida no território.