O Canadá revelou recentemente novas limitações aos vistos de estudo. O Governo prevê emitir até 408 mil vistos no próximo ano, incluindo novos pedidos e renovações. O valor fica abaixo das metas de 2025 e 2024, num esforço para reorganizar o sistema.
O Ministério da Imigração esclarece que, em 2026, os estudantes de mestrado e doutoramento em instituições públicas deixam de ser contabilizados no cálculo deste limite. E adianta que, neste momento, o país está longe de atingir o teto definido para este ano, porque as aprovações estão muito abaixo do normal. Em 2025, a taxa de aprovação ficou pouco acima dos 30%, quando no ano passado ultrapassava os 50%.
Para 2026, a expetativa é regressar a níveis de aprovação mais próximos da média histórica. Nas orientações atualizadas, o Governo clarifica também as regras para programas conjuntos – cursos feitos em duas instituições mas com um único diploma – e reforça a necessidade de cartas de confirmação emitidas pelas províncias, essenciais para pedir o visto.
Enquanto isso, um novo inquérito reacende o debate sobre os trabalhadores estrangeiros temporários. Uma sondagem da Leger, encomendada pela imprensa canadiana, mostra que os próprios imigrantes estão divididos: 36% acham que estes trabalhadores tiram empregos aos jovens, mas 47% dizem que ocupam funções que muitos canadianos não querem.
Em locais como Jasper, em Alberta, a economia depende destes trabalhadores, sobretudo no verão.
