BRUXELAS RECUSA DAR MAIS FUNDOS A PORTUGAL PARA ESTRADAS

Poiares Maduro A Comissão Europeia garantiu que não vai haver verbas no próximo Quadro Comunitário de Apoio para obras incluídas no conceito “Last Mile”, destinado ao fecho de infraestruturas apoiadas pelo atual QREN.
As verbas abrangidas neste conceito serviriam para terminar troços de estrada considerados fundamentais a nível local e a sua aprovação no Acordo de Parceria para a Estratégia 2020 tem sido defendida pelo Governo português, mas essa hipótese nem sequer está em cima da mesa, de acordo com a porta-voz da Comissão Europeia para a Política Regional, quando questionada sobre se essa matéria.
Para Shirin Wheeler é preciso fazer escolhas políticas difíceis e o investimento não pode dar para tudo”.
O ministro Poiares Maduro afirmou a 21 de março, em Arouca, que o governo está a tentar incluir os 23 quilómetros em falta da EN 326 “no contexto dos projetos ‘Last Mile’, que se referem a percursos curtos, admitindo que ainda não está definido sequer “se irá ou não existir financiamento em estruturas rodoviárias” incluídas naquele conceito.
Mas as atenções das autoridades comunitárias vão estar viradas na sua nova estratégia, para projetos de criação de emprego e de aumento da competitividade das economias locais, por exemplo, projetos como: a UPTEC [incubadora de empresas da Universidade do Porto vencedora em 2013 de um RegioStar, que têm excelentes resultados e criam emprego de longo prazo.
Para Bruxelas, o dinheiro é negociado por metas e objetivos e não é dado aos estados-membros para gastarem como quiserem. Se um governo nacional mudar, tem de manter as metas definidas, deixando claro que desta vez a comissão europeia quis mesmo fazer uma coisa diferente para os próximos sete anos, uma vez que as pessoas querem saber que os fundos estruturais vão para bons projetos que criam emprego.
Apesar de deixar claro que já se gastou muito em infraestruturas em Portugal, a responsável elogiou os resultados alcançados no país com verbas dentro do atual Quadro comunitário, nomeadamente com o projeto “Novas Oportunidades, que permitiram aumentar as qualificações a “1,6 milhões de pessoas”.