O vinho tem servido para tudo ao longo da História. Socialmente, já foi feio e desprestigiante o seu consumo, tal como passou a ser um ato cultural saber apreciá-lo e difundi-lo. Do ponto de vista religioso, ora é rejeitado e símbolo do mal, tal como representa o bem e acompanha os atos litúrgicos como símbolo da essência humana. O vinho já esteve na base de grandes lutas e no meio de fortes interesses. A célebre Lei Seca, que entrou em vigor nos EUA, em 1920, proibindo a produção e comercialização de bebidas alcoólicas, não foi só por razões de ordem social e religiosa mas, essencialmente, para não permitir o negócio de imigrantes europeus.
Atualmente, já se produz vinho por todo o mundo. Mas as suas origens estão bem vincadas no velho continente e Portugal é disso um exemplo. Fenícios, cartagineses, gregos e romanos foram povos que souberam desenvolver esta produção. A tradição portuguesa vem, precisamente, desses povos que ocuparam o território sucessivamente.
Hoje fala-se muito da exportação de produtos portugueses e o vinho ocupa um lugar de destaque. Estamos entre os melhores, a par da França, Itália, Espanha, Austrália e Chile. Se as primeiras exportações de vinhos portugueses, segundo reza a História, foram destinadas ao império romano, na era moderna, foram os ingleses que desenvolveram este comércio.
O vinho para o Reino Unido saía do Douro, a primeira região demarcada do mundo, desde 1756 por ordem do Marquês de Pombal. Portugal tem duas regiões que estão protegidas pela Unesco, como património mundial e que são a Região Vinhateira do Alto Douro e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.
Temos vastíssimas quantidades de castas nativas, o que permite produzir grandes variedades de vinhos com personalidades distintas. Em consequência, os nossos vinhos reúnem características únicas da região onde são produzidos. A qualidade que apresentam é reconhecida internacionalmente e só é possível porque são sujeitos a rigorosos processos de controlo, desde a vinha até ao consumidor. Os fatores naturais, como o solo e o clima, a par do tratamento que é dado, são fundamentais para o sucesso.
E esse sucesso está espelhado nas notícias permanentes que dão conta dos milhares de prémios que os vinhos portugueses recebem em todo o mundo. A crítica internacional não para de reconhecer e distinguir o que de melhor se produz. E no final é bom saber-se que Portugal está no TOP 5 dos vinhos do mundo com três rótulos a ocuparem o primeiro, terceiro e quarto lugares. A apreciação é feita pela conceituada revista especializada em vinhos, Wine Spectator. Nós acreditamos e continuamos a provar e a brindar com vinho português.
A Direção