Milhares de manifestantes participaram ontem em protestos em toda a América do Norte para chamar a atenção para as mortes de homens negros desarmados às mãos da polícia.
Em Toronto, mais de 200 manifestantes juntaram-se na Nathan Philips Square para protestar contra a brutalidade policial e o racismo, noticiou a Citynews.
Sandy Hudson organizou o evento em Toronto e salientou que este não é apenas um problema nos Estados Unidos.
“Isto não é algo que é apenas local para os Estados Unidos, é um problema que afeta também as pessoas aqui”, declarou Hudson. “Nós podemos parar isto”.
Gritando “As vidas negras importam” e “Mãos ao ar, não dispare”, o grupo marchou da Câmara Municipal até à interseção das ruas Yonge e Dundas.
Os protestantes, em seguida, assinalaram (simbolicamente) quatro minutos e meio para representar as quatro horas e meia que Michael Brown foi deixado na estrada, depois deste ter sido baleado pela polícia em Ferguson, Missouri.
Os manifestantes também exigiram justiça para Eric Garner, o homem de 43 anos que morreu em julho depois de ter sido colocado em aparente estrangulamento por um oficial de polícia de Nova Iorque, bem como Jermaine Carby que foi baleado e morto numa operação stop de trânsito em Brampton, em 25 de setembro.
Hudson sublinha que estas pessoas têm a esperança de trazer mais consciencialização para o problema e garantir que as pessoas estão a trabalhar em soluções para garantir que estes tiroteios acabam.
Enquanto isso, organizações de direitos civis realizaram uma marcha em Washington DC, no sábado.
Milhares de manifestantes fizeram o seu caminho ao longo da icónica Pennsylvania Avenue, enquanto marchavam em direção ao Capitólio.
Com cartazes a dizer “Black Lives Matter” e “Who do you protect? Who do you serve,”, a multidão aglomerou-se na Freedom Plaza, antes da marcha.
Os organizadores tinham previsto 5.000 pessoas, mas a multidão parecia superar em muito esse número.
Com informações da The Associated Press