O banco apresentou nas contas do ano passado, resultados negativos de 517,6 milhões de euros, o que contrasta com 2012, ano em que o banco liderado por Ricardo Salgado tinha apresentado lucros de pouco mais de 96,1 milhões de euros.
De acordo com o comunicado ao mercado, este resultado foi determinado pela redução do produto bancário [que baixou 26,3%) e pelo reforço das provisões para imparidades [que aumentaram 18,6%].
O banco liderado por Ricardo Salgado salientou que «o último trimestre de 2013 encerrou um exercício especialmente exigente no processo de ajustamento económico e financeiro de Portugal, o qual tem tido impactos no encerramento de muitas empresas e redução de postos de trabalho, embora com sinais de uma progressão mais favorável, o que não deixou de se fazer sentir sobre o desempenho do setor financeiro nacional».
Na apresentação dos resultados, o presidente do banco, Ricardo Salgado, afastou a necessidade do BES voltar a recorrer a capitais públicos, dizendo que tudo será feito para evitar que o banco volte a ser nacionalizado.
Ricardo Salgado acredita que o BES tem recursos nos mercados internacionais, se precisar de aumentar o capital.
Com a apresentação de contas do BES termina a temporada de resultados anuais da banca portuguesa que aponta para um balanço misto, com os lucros do BPI e do Santander Totta a não compensarem perdas do BCP e do BES, estes dois últimos juntos somaram prejuízos de 1258 milhões de euros.
Somadas as contas dos quatro maiores bancos privados a operar em Portugal, o BPI destaca-se pela positiva, ao registar um lucro de 66,8 milhões, menos 73,2% do que em 2012 (249,1 milhões de euros), mas com o resultado positivo na atividade internacional a compensar as perdas na atividade doméstica.
O Santander Totta apresentou um recuo nos lucros de 59,2% para 102 milhões de euros, que foi justificada pelo banco com o facto de, em 2012, ter registado receitas extraordinárias relacionadas com a operação de monetização da carteira de risco na área de seguros do grupo.