Aviação: Companhias aéreas canadianas ganham cada vez mais com serviços extra

As companhias aéreas do Canadá estão a lucrar cada vez mais com serviços extra, como upgrades de lugares ou snacks a bordo. A conclusão é da empresa de consultoria IdeaWorksCompany, que reacende o debate sobre as chamadas ‘junk fees’.

Novos dados põem o dedo na ferida dos lucros das companhias áreas.

Números da IdeaWorksCompany mostram que as empresas estão a fazer cada vez mais dinheiro com serviços extra, como taxas de bagagens registadas, upgrades de lugares ou snacks a bordo.

Ao mesmo tempo, é discutível se estes encargos correspondem a taxas desnecessárias ou se, por outro lado, são o garante de um serviço de maior qualidade para os viajantes.

De acordo com a empresa de consultoria IdeaWorksCompany, a Air Canada arrecadou dois mil milhões de dólares em receitas acessórias em 2022, contra 1,3 mil milhões cinco anos antes.

A WestJet também está atenta a este tipo de receita. Introduziu recentemente uma nova modalidade de serviço. Agora, os passageiros de classe económica podem pagar mais por espaço extra para as pernas, acesso prioritário aos compartimentos de bagagem de mão e uma bebida alcoólica gratuita.

Estes serviços, também apelidados de receitas acessórias, têm vindo a popularizar-se entre as companhias aéreas de baixo custo, como a Flair Airlines. São cada vez mais importantes para o setor, ajudando a proteger as empresas das flutuações do preço do combustível e da concorrência.

Atento ao fenómeno, o Governo federal comprometeu-se a acabar com as chamadas ‘junk fees’ cobradas pelas transportadoras.

Por sua vez, o Conselho Nacional das Companhias Aéreas do Canadá exige maior clareza por parte de Ottawa, argumentando que estas taxas proporcionam maior flexibilidade aos clientes.

Foto: Suhyeon Choi/Unsplash