A Canadian Blood Services está a considerar pedir aos canadianos que viajaram para países onde o vírus Zika foi encontrado para adiar a doação de sangue até que se saiba mais sobre o vírus.
A Drª. Dana Devine, Médica Chefe e Diretora Científica da Canadian Blood Services, diz que a agência vai reunir com os reguladores federais de saúde para discutir como garantir que o vírus não entra no fornecimento de sangue do Canadá.
Ela disse que o seu grupo está em conversações com o Hema-Quebec, que opera o sistema de sangue no Quebec, assim como com a Health Canada para discutir diferimentos de doação e para determinar “exatamente como vai ser o período de diferimento apropriado”.
Ela acrescentou que eles terão essa resposta “nos próximos dias”.
A dificuldade com o Zika é que tão pouco é conhecido sobre o vírus e não há nenhuma maneira de testar para a infeção ou para a sua presença no sangue, disse Devine.
O vírus é transmitido pelo Zika, uma espécie de mosquito chamado Aedes aegypti, que se espalhou para mais de 20 países nas Américas no ano passado. Além disso, este foi encontrado na Polinésia.
Desde que começou a se espalhar, o Zika tem sido associado a um aumento súbito da microcefalia, uma condição na qual os bebés nascem com cérebros subdesenvolvidos. Tem também sido associado ao síndrome de Guillain-Barré, uma condição na qual o sistema imunitário do corpo ataca o sistema nervoso.
De acordo com uma notícia, a Food and Drug Administration dos EUA está a considerar suspender temporariamente doações de sangue de pessoas que recentemente viajaram para regiões onde o Zika está agora a circular.
Devine diz que ela acredita que o risco de transmissão do Zika através do sangue é muito remota. Ela diz ter conhecimento de apenas um caso documentado. Mas ela acrescentou que o vírus não foi estudado o suficiente para ter respostas para perguntas sobre a transmissão sanguínea.
3 casos confirmados no Canadá
A Organização Mundial da Saúde alertou que o vírus Zika está a “espalhar-se de forma explosiva”, e com três casos agora confirmados no Canadá, os viajantes estão a ser orientados para consultar os seus médicos.
A ministra da Saúde Jane Philpott disse aos repórteres em Otava na quinta-feira que todos os três casos relatados no Canadá foram adquiridos fora do país, e que o risco do vírus transmitido por um mosquito se espalhar localmente é baixo.
No entanto, Philpott está a incentivar os canadianos que pensam viajar internacionalmente para ler o aviso no website da Agência de Saúde Pública do Canadá. O aviso refere, em parte, que as mulheres grávidas e aquelas que consideram engravidar devem discutir os seus planos de viagem com os prestadores de cuidados de saúde.
Fonte: CTV News